Agora sim, o último capítulo da série Calculando o OEE! Você já achou a relação do tempo trabalhado pelo total, já encontrou a relação do tempo ideal de operação sobre o real, e já achou o índice de itens bons do lote em comparação ao total do lote. Agora só falta juntar tudo isso em um indicador-chave. Talvez o mais importante para se avaliar qualquer operação, inclusive administrativa (se você tem os métodos corretos de análise).

O OEE, ou Overall Equipment Effectiveness, normalmente chamado de produtividade no Brasil, consiste no indicador final de desempenho produtivo de um setor, de uma operação, uma pessoa ou uma empresa como um todo. Este indicador reúne os diferentes tipos de perdas, e fornece uma visão abrangente do andamento do setor.

A conta é Utilização x Eficiência x Qualidade = Produtividade

Veja este diagrama, perceba os diferentes tipos de perda na operação. Para cada tipo de perda existe um modo de tratativa. Se nosso recurso teve uma velocidade ótima mas parou o tempo todo, nossa Eficiência será boa, porém a utilização e consequentemente, a produtividade, ficarão baixos. Se não houve paradas mas a velocidade não foi dentro do esperado, a eficiência ficará baixa, e mais uma vez, a produtividade. Quanto à qualidade, mesma coisa. Ou seja, para a produtividade ficar dentro do esperado, todos os indicadores tem de ser atendidos, ou um deles deve estar muito elevado para compensar outro que esteja ruim.

Poucas empresas calculam corretamente este indicador, e poucos realmente compreendem como fazê-lo, apesar de ser tão importante. Por isso comece mensurando os padrões de processo do seu setor, depois comece a mensurar as horas trabalhadas e paradas, criando códigos para estas paradas. Registre também peças defeituosas e boas. Com estes tempos e informações você conseguirá calcular estes indicadores, e poderá dizer que consegue gerir efetivamente o desempenho do seu setor.

Forte abraço e nos vemos por aqui.